Como regar bem as suas plantas

 Em Dicas de Cultivo, Dicas Green Power

Um dos questionamentos mais comuns entre cultivadores de plantas em geral é sobre a quantidade de vezes em que cada espécie deve receber a rega. A verdade é que não há uma regra delimitada sobre a prática.

Algumas famílias de plantas, no caso a maioria das cultiváveis no clima subtropical brasileiro, necessitam de água diariamente ou várias vezes na semana. Porém, famílias como as Cactáceas (dos cactos) podem sobreviver semanas sem receber água porque possuem um sistema de armazenamento bem adaptado para os períodos de seca.

Sendo assim, o sistema de rega depende muito da fisiologia e do local nativo da planta. A maior parte das espécies cultivadas indoor precisa receber água semanalmente ou a cada dois dias em média.

O importante é garantir que o vaso nunca fique constantemente molhado nem seco. Devem haver ciclos, e o substrato deve estar levemente úmido ainda da rega anterior, porém nunca encharcado.

As plantas preferem um regime de rega constante, então, analise as condições do ambiente e promova periodicidade na rotina de rega.

 

Vasos, tipos de plantas e ambientes

A quantidade de água e de rega depende do tamanho do vaso, do tipo de planta e em qual ambiente ela está sendo cultivada.

Vasos maiores necessitam receber mais água em cada rega, mas com menos frequência porque se mantêm úmidos por mais tempo. Já os vasos menores provavelmente receberão menos água, mas logo irão secar e virá o momento de regar novamente.

O local do cultivo faz muita diferença principalmente no que diz respeito à temperatura e umidade. Por mais que a planta seja nativa de uma região quente, se o ambiente em que está sendo cultivada tiver a temperatura mais controlada, muito provavelmente precisará de menos água, pois também vai transpirar (processo de perda de água) menos.

O tipo de substrato do cultivo também é um fator que deve ser levado em consideração. Para uma rega apropriada devemos avaliar o pH e EC (conectividade elétrica) da água e do solo.

Conforme já apresentamos em alguns textos aqui no blog, variações nesses parâmetros influenciam diretamente na absorção de nutrientes.

Via de regra, associar rega com transpiração pode ajudar a entender melhor como realizar esse procedimento, pois além da temperatura, o tamanho da planta também implica em mudanças no processo de perda de água, já que plantas maiores têm mais área por onde perder líquido. Isso, consequentemente, deve pesar na escolha da rotina de rega. Plantas com fotoperíodo longo (acima de 16h de luz por dia) também transpiram mais.

Uso de soluções preparadas para regar   

As soluções fertilizantes são utilizadas por cultivadores para garantir que na rega, além de água, as plantas recebam corretamente as quantidades que necessitam de cada nutriente.

Normalmente recomenda-se que a fertilização comece a partir da terceira semana de cultivo, mas essa é uma parte do processo que depende muito do interesse de cada grow.

Muitas plantas são cultivadas com compostos e fertilizantes apenas orgânicos ou não recebem no momento na rega nenhum tipo de solução, enquanto outras são regadas com fertilizantes desde os primeiros dias de cultivo.
Normalmente, quando o cultivador opta por utilizar soluções fertilizantes fará a rega somente com elas. Isso porque as instruções do fabricante baseadas em estudos e práticas de cultivo indicam exatamente a quantidade e a frequência que a planta utiliza.

Entretanto nada impede que em um solo rico em matéria orgânica haja fertilização apenas em alguns dias e, em outros, a planta receba apenas água pura.

Sinais de rega mal executada

Considerando que vasos de tamanho padrão têm entre sete e oito litros, as plantas precisam receber cerca de 500 ml de água a cada rega, duas a três vezes na semana.

Essa é uma estimativa, mas é importante lembrar que o bom senso é a regra máxima nessas situações e que se deve levar em consideração todos os fatores que já destacamos aqui.

O motivo de morte mais comum entre plantas de cultivo indoor é o excesso de água. O ideal é regar pela manhã com água em temperatura ambiente. Se for utilizar água tratada quimicamente, é preferível deixar o líquido em um recipiente aberto durante a noite para que o cloro evapore.

Uma rega mal executada pode acarretar diversas complicações no desenvolvimento das plantas. Folhas amareladas, manchas marrons, caules escurecidos e queda de folhas são sintomas bem comuns do excesso de água.

Nessa situação, com as raízes encharcada, a planta não consegue absorver corretamente os nutrientes e nem realizar a fotossíntese para sua alimentação. Além disso, essas são condições muito propícias ao aparecimento de fungos e algas.

Folhas murchas e com desenvolvimento muito lento são os principais sintomas de falta de água. Mas todos esses problemas são reversíveis se a partir do momento em que você constatar o problema, corrigir a rotina de rega.

O principal prejuízo dessa situação é que, pela falta de água, os nutrientes que seriam absorvidos até pelo solo não conseguem ser transportados pela planta. Dessa maneira, o cultivo fica enfraquecido e o desenvolvimento, lento. Em casos extremos, totalmente paralisado.

 

Soluções e substratos indicados para a rega

Os substratos e as soluções mais indicadas variam muito de acordo com os interesses e preferências do cultivador. Aqui no blog já escrevemos alguns textos bem completos que podem auxiliar na escolha.

Comments
  • Claudinei de souza

    muito bom as informações, de grande utilidade.

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